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Vila Nova de Gaia, Portugal

terça-feira, 27 de setembro de 2011

CASAL DE VIDONA: SANTA COMBA DÃO


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Casal de Vidona é uma aldeia da freguesia do Couto do Mosteiro, Concelho de Santa Comba Dão.
Latitude: 40.42466, longitude: -8.12929, altitude 254


O concelho do Couto do Mosteiro é extinto em 1836, pelo decreto de 6 de Novembro, e anexado ao concelho vizinho de Santa Comba Dão. Abrangia ele as freguesias do Couto do Mosteiro, São Joaninho, e Vimieiro.


1501-05-05 «João Roiz, lavrador, morador no lugar do Casal de Vi[do]na, termo do couto do Mosteiro, câmara do bispo de Coimbra, enviou dizer que fora meirinho e carcereiro no dito Couto o ano passado de 1500, no qual tempo fora preso Diogo Alvares, morador em São Joaninho, no termo do dito couto, por bem de uma querela que dele dera Nuno Alvares, seu irmão, outrossim morador no lugar de Sam Joaninho, por uma ferida que lhe dera na cabeça, e por elo Diogo Alvares, fora preso por mandado dos juízes da causa.»
Chancelaria de D. Manuel I, livro. 45, folha. 127

No Cadastro da população do reino (1527): casall de vydona, 2 fogos.

Segundo o Dicionário Geográfico de 1751, tinha 20 fogos e uma Ermida a S. Miguel.

Está referenciada no Dicionário Corográfico de 1889 e no de 1906.

No censo de 1911 tinha 76 residentes, e 16 fogos.
No censo de 1940 tinha 89 residentes, e 27 fogos.
No censo de 1960 tinha 96 residentes, e 28 fogos.
No censo de 1970 tinha 73 residentes, e 26 fogos.
No censo de 1981 tinha 87 residentes, e 34 fogos.
No censo de 1991 tinha 55 residentes, e 28 fogos.

No dia 22 de Setembro de 2014 faleceu o último dos irmãos Madeira todos naturais de Casal de Vidona; que  descansem em paz. 





Capela de Casal de Vidona.


In memoriam de António Duarte Madeira, natural desta aldeia.


Casa em ruínas na entrada do caminho para Vila Pouca: Fora do aglomerado da aldeia no cruzamento para Casal de Maria.


Forno em bom estado de conservação. Desconheço se era particular ou comunitário. Ainda conserva um ramo, ramo esse para limpar as cinzas da fornada anterior.
Construído com os mesmos materiais do de Casal de Maria - barro, fragmentos de telha canudo e pedra sem alvenaria o que mostra ser de alguma antiguidade.
Desconheço a razão de não ter tido a mesma intervenção que o seu congénere de Casal de Maria, este foi coberto com uma placa de vidro, e a área circundante intervencionada.
Este deveria ser considerado monumento local. Limpa a área adjacente e evitar o uso de alvenaria, assim se mantinha na sua originalidade
.


Interior do forno.


Casa em ruínas, sem alvenaria e pedra de corte rústico. Telhado em telha canudo. Prova a sua antiguidade.


Casa em ruínas, telhado em telha canudo.


Casa semi-abandonada, Rua da Quelha.


Parte superior da casa da Rua da Quelha. Telhado em telha marselha.


Casa em ruínas. Tudo indica que o Serviço de Águas tenha colocado as caixas, mesmo nas casas em ruínas.


Casa em ruínas fora do aglomerado da aldeia. Nesta casa não vi a caixa do Serviço de Águas. É a primeira casa que vejo com chapas a proteger as paredes de madeira e barro (tabique), tudo leva a querer que foram colocadas mais tarde.


Lado direito (frente) visto da rua, note-se a falta de alvenaria.


Lado esquerdo visto da rua. Telhado em telha marselha


Chaminé: o que resta de uma construção de várias épocas.


A chaminé vista de outra perspectiva.


Casa em ruínas. Parte superior em madeira e barro (tabique). Tudo indica que a parte superior foi acrescentada mais tarde, isto no que se refere a construções em pedra rústica. Quanto às construções em pedra cortada, foram com certeza assim construídas na sua totalidade.


Casa com adulteração.


Casas em ruínas ladeadas por casas com intervenção moderna, intervenção esta, que descaracterizou a sua construção antiga.


Casa adulterada.
Adulterações em tijolo deveriam ser demolidas pela câmara, isto no caso de não serem habitadas.


Casa antiga mantendo a sua originalidade aparente.

Ruínas


Casa em ruínas. Por trás, construções ou adulterações modernas.


Casa em ruínas.


Casa em alvenaria, construção do século XVIII, de  família abastada. É a mais imponente desta aldeia.


Rua da Quelha com início no Largo do Povo. Está praticamente toda em ruínas, esta, que outrora foi a principal rua desta pequena aldeia beirã.


Casa com adulterações.


Casa em ruínas: pouco comum este tipo de construção, tinha duas frentes, ou seriam duas casas?


Casa em ruínas.


Casa em ruínas com adulterações.


Casa em ruínas ladeada por adulterações modernas.


Casa antiga ladeada por uma aberração moderna. Se os proprietários não tem disponibilidades financeiras para o restauro da casa, deveriam ser as autoridades competentes a subsidiar esse restauro. Agora isto... Por favor.


Ruínas na rua da Quelha.


Casa antiga, ao fundo construções ou adulterações modernas.


Uma dobradiça.

Fonte DigitArq: No século XIX Casal de Vidona tinha escola do Ensino Primário.
Desconheço se em Casal de Vidona ou a que se encontra próxima da Cruz de Pedrosa. Presumo ser a da Cruz de Pedrosa, pois o Pai António era para esta que se dirigia. O Pai António em criança vivia em Casal de Vidona, e testemunhou que essa foi a sua escola primária.

GESTOSA: SANTA COMBA DÃO

Gestosa uma aldeia da Freguesia do Couto do Mosteiro

Nesta aldeia nasceu em 1507 Fernando Oliveira, frade, gramático e autor náutico.
Foi um humanista autor de livros pioneiros: Gramática da Língua Portuguesa, Arte da Guerra do Mar, Fábrica das Naus, Ars Náutica, além de uma História de Portugal.

Para saber mais, ver:
http://www.prof2000.pt/users/avcultur/aveirilustres/FernaodeOliveira.htm

http://www.natura-algarve.com/blog/2010/03/28/dalgumas-regras-gerais-da-guerra/


Vem referenciada no Dicionário Corográfico de 1889

Pinho Leal no Portugal Antigo e Moderno: afirma que esta é uma das 33 aldeias em Portugal com o nome GESTOSA, mas todas elas sem nota digna de se nomear.

Vem referenciada na  Portugaliae Monumenta Historica ano de 974: vila de Genestosa.

 
Em meados dos anos sessenta do século XX existia em funcionamento:
Uma destilação de aguardente vínica propriedade do Senhor Alfredo Gomes Costa.
Uma mercearia propriedade do Senhor Abel Gomes.
Era negociante de ovos o Senhor João Simões Rodrigues.



Reza a lenda (ainda hoje viva nas pessoas da região, principalmente as mais idosas) que um almocreve de nome Pedrosa ia a passar com a sua besta de carga no local que hoje se chama Cruz de Pedrosa:
Repentinamente o almocreve começou a ver umas labaredas, a besta ficou muito assustada, começou a relinchar, a saltar com violência, o almocreve tentava acalmar o animal para poder fugir dali com a sua preciosa carga, mas foi em vão, porque a besta ficava cada vez mais assustada.
Sem saber o que fazer e pressentindo que estava a ser acossado por algo Diabólico, virou-se para a capela da Senhora da Graça que se via daquele lugar e disse:
- Valha-me aqui a Santa Capeluda.Imediatamente tudo voltou à normalidade, e antes de seguir viagem prometeu:
- Prometo mandar erigir neste lugar um cruzeiro e dar, todos os anos à capela da Senhora da Graça 60 alqueires de trigo e um cento de esteios de pinheiro para feijões.Fui informado por pessoas da aldeia que este cruzeiro não é o original nem está instalado no sítio do primitivo. Devido ao facto de haverem vários acidentes foi mudado o local e o cruzeiro.



Parede lateral protegida por lousa de Valongo.
Do outro lado está em curso uma nova construção: o que teria havido aí?


Na estrada para Treixedo.




Varanda já sem resguardo.


Vai-se o original, ficam as pedras.


Predominam as adulterações.


Abandonada já lá vão 40 anos.




Portão ladeado por colunas lavradas.








Tijolo..... E mais tijolo.






Capela Senhora da Graça.
Podemos verificar o corte de 45º nas ombreiras e padieira.
Altar em talha dourada.
Entrada para a sacristia com ângulo de 45º.






Telha canudo e... Porta de alumínio: enfim é o que temos.




Águas furtadas em lousa de Valongo.


Porta: raro exemplar de carpintaria.






Alpendre com janelas em guilhotina.




Escola primária na estrada Nacional nº 2, entre Santa Comba Dão, e Tondela. Próxima da Cruz de Pedrosa

Lado lateral esquerdo: parede superior em tabique forrada a lousa de Valongo.

Nos anos 20 do século XX já funcionava. Para esta escola vinham as crianças da aldeia Casal de Vidona. Mais tarde com a construção da Escola Primária da Gestosa deixou de ser usada.
Desconheço se o imóvel é publico ou privado, felizmente do lado esquerdo ainda mantém a traça original.





Parte frontal da Escola
Janelas em guilhotina



Lado frontal esquerdo



Lado direito
No Arquivo Distrital de Viseu, encontra-se:

 Em 6 de Abril de 1872, José Alves; Idade 44; Profissão, Pedreiro; Estado Civil, Casado; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia, Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Rio de Janeiro.


Em 3 de Fevereiro de 1874, José Joaquim de Oliveira; Idade 23; Profissão, Carpinteiro; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa;  Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao  Império do Brasil.


Em 3 de Fevereiro de 1874, Joaquim Varela; Idade 25; Profissão, Trabalhador;  Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.


Em 30 de Novembro de 1874, Ezequiel Rodrigues; Idade 38; Profissão, Trabalhador; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Rio de Janeiro.


Em 10 de Fevereiro de 1877, António de Figueiredo; Idade 38; Profissão, Trabalhador; Casado, Residente no Lugar da Gestosa;  Freguesia do Couto do Mosteiro;  Concelho de  Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Rio de Janeiro.


 
Em 17 de Junho de 1881, José Salvador Varela; Idade 23; sem profissão; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Brasil.



Em 14 de Setembro de 1882, Luís Marques; Idade 24; Profissão, Carpinteiro; Solteiro; Residente no  Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro, Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 22 de Setembro de 1882, José Varela; Idade 33; Profissão, Carpinteiro; Casado; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.


Em 2 Outubro de 1882, José Pereira; Idade 26; Profissão, Trabalhador;  Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.


Em 15 de Outubro de 1883, José Nunes Diogo; Idade 43; Profissão, Trabalhador; Casado; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.


Em 24 de Outubro de 1883, Miguel dos Santos Gonçalo;  Idade 26; Profissão, Trabalhador; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 24 de Outubro de 1883, Serafim Nunes Diogo; Idade 26; Profissão, Trabalhador; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 6 de Março de 1884, José Ferreira Carvalho; Idade 21; Profissão, Trabalhador;  Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 12 de Março de 1884, José de Oliveira; Idade 29, Profissão, Trabalhador;  Casado, Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.


Em 17 de Março de 1884, Joaquim Varela; Idade 35; Profissão, Trabalhador; Casado; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 12 de Abril de 1884, Luís Gomes dos Santos; Idade 58; Profissão, Pedreiro; Casado; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Império do Brasil.



Em 7 de Novembro de 1887, António Pereira dos Santos;  Idade 28; Profissão, Trabalhador; Solteiro; Residente no Lugar da Gestosa; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Brasil.



 





 











Yvert & Tellier 1921


Catalogo preçário da casa francesa Yvert & Tellier, vigésimo quinto ano, 1921.

Responsável pela destruição de milhões de documentos históricos a nível mundial.
Os comerciantes de folhas para a colocação de selos deram motivos aos coleccionadores de selos, para que na ânsia de completarem as suas colecções retirassem do suporte postal os ditos selos de correio, levando com isso, à destruição desses suportes.
A história postal e a global, no seu todo, viram-se privadas destas fontes de consulta.
Hoje o valor comercial de selos fora do seu suporte postal, é uma ínfima parte do seu valor sobre suporte.
Perderam os filatelistas, e o público em geral. Tudo isto, para se venderem folhas com uns rectângulos impressos.

L

terça-feira, 20 de setembro de 2011

As Paróquias Rurais Portuguesas

Autor: Padre Miguel de Oliveira.
« O primeiro problema que se oferece a quem pretende estudar a história duma freguesia rural, é naturalmente o da sua origem. Quando começou a freguesia? Como se constituiu o seu território? Por que se congregou este povo ao redor do campanário? Se a paroquia é anterior à fundação da Monarquia, estas perguntas ficam quase sempre sem resposta. Os autores de monografias locais contentam-se com exprimir, em fórmulas vagas, o mistério em que costuma envolver-se a origem de todas as coisas.»

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Distribuidor EC Carvalhido

O distribuidor SMD 20099131 foi retirado da Estação de Correio do Carvalhido.
Os CTT retiram os distribuidores, fecham Estações e o número de funcionários nas que restam continua o mesmo, além da mesma pasmaceira.

Receberam fundos da União Europeia, e agora, atiram com os distribuidores para o lixo.
Onde vamos parar com gente desta?