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terça-feira, 26 de abril de 2016

Memórias Paroquiais Mangualde: o livro

Na página 88 o seu autor escreveu:

"Os dados de José Cornide têm de ser lidos e interpretados com muita prudência e até com algumas reservas. Trata-se de um espanhol, que percorreu todo o Portugal em pouco mais de um ano. Portanto, não teve tempo de inventariar convenientemente os dados quantitativos em termos demográficos. Devem ter sido colhidos por estimativa, junto de determinados informadores. Por outro lado, a sua viagem e respectivo relatório não pode deixar de ter objectivos políticos, concretamente apurar em termos aproximados a população e o número de soldados disponíveis."

O autor desconhecia, que José Cornide foi buscar os dados ao Censo de Pina Manique.
Já agora, devemos fazer uma correcção quanto à afirmação de Joaquim Veríssimo Serrão, que teria sido ele o primeiro a publicar o Censo. Tal afirmação não é correcta, foi José Cornide.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Memórias Paroquiais de Leiria

Acabamos de publicar mais um trabalho da série: O Correios nas Memórias Paroquiais de 1758.
É um trabalho inédito no que concerne ao total  das freguesias (2011) do Distrito de Leiria.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Memórias Paroquiais de Castelo Branco

Publicamos recentemente o nosso X trabalho sobre o Correio nas Memórias Paroquiais de 1758.
Trabalho até aqui inédito no que concerne à totalidade das freguesias (2011) do Distrito de Castelo Branco. Esclarecemos que não temos em conta a nova reorganização administrativa do território levada a cabo no ano de 2013.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O Correio nas Memórias Paroquiais de 1758: Distrito da Guarda

Acabamos de publicar o nosso IX trabalho sobre o correio nas Memórias Paroquiais de 1758.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Avô: Oliveira do Hospital

A primeira referência histórica que temos, está no Livro Preto da Sé de Coimbra documento CLXII, era de 1160 (ano 1122).
Não seguimos estórias publicadas por historiadores ou outros como tais. Para nós apenas, e só, contam os documentos como valores de data histórica.


Capela de Santa Quitéria.



Pelourinho.
Capela junto ao castelo.
O que resta da muralha.
O que resta das ameias.
Vista do lado direito do rio Alva; local da igreja matriz de Avô.
O que resta da torre de menagem.



O autor junto à porta gótica do castelo.
Vista para a ribeira da Moura.

Uma raridade: azulejos de estampilha muito bem conservados.
Igreja matriz de Avô; na margem direita do rio Alva.
A Vila de Avô os Concelhos e a História de Portugal (Volume I).
(Biblioteca do autor)

A. J. Rodrigues Gonçalves afirma que "No caminho para Coimbra, D. Fernando de Leão e Castela conquista Avô, em 1059, povoando o "Couto de Avaoo" de cristãos e dando-lhe por governador o mesmo conde D. Sisnando (18)". Está citando outro autor.

O Foral de Avô de 1514 e o seu contexto histórico.
(Biblioteca do autor).

No Catálogo de todas as Igrejas, Comendas e Mosteiros que havia nos Reinos de Portugal e Algarves, pelos anos 1320 e 1321; a igreja de Santa Maria de Avô contribuía com  140 libras. Estava integrada no Arcediago de Seia, o qual pertencia ao Bispado de Coimbra

No Rol de Besteiros do Conto (1421): o couto da vaao contribuía com um besteiro.

No Cadastro da População do Reino (1527): A vila de voo tinha 59 moradores scilicet fogos, que nos dará uns 180 habitadores.

No Dicionário Geográfico (1747): afirma o autor que a vila de Avô tem 100 vizinhos.

Nas Memórias Paroquiais (1758): o pároco afirma que tem 134 vizinhos, e pessoas adultas 538.

Copiado do Portugal Antigo e Moderno:
« AVÒ—villa. Beira Alta, comarca de Midões,54 kilometros ao N. de Coimbra, 240 ao N. de Lisboa, 180 fogos, 650 alma, no concelho 1:350 fogos.
Em 1757 tinha 134 fogos
[*].
Orago Nossa Senhora da Assumpção,
Bispado e districto administrativo de Coimbra.
Foi couto feito por D. Affonso Henriques.
Situada na descida de um monte e dividida pelo rio Alva, sobre o qual tem uma excellente ponte de um só arco, de boa cantaria.
É terra fértil.
Vêem-se ainda na villa as ruinas de um antigo Castello, fundado sobre rocha viva, que se diz ser obra dos godos ou dos árabes.
Em Chãos d'Egua e no Monte da Garcia, d'este concelho, ha minas de chumbo que se exploram.
Foi primeiro esta villa de D. Urraca Affonso, filha bastarda de D. Affonso I, passou para os bispos de Coimbra, e depois para a corôa.
Diz-se que a matriz mandou fazer D. Affonso I.
O cabido de Coimbra apresentava o vigario.
Tinha dois beneficiados e um thesoureiro.
O vigario tinha o rendimento de 200$000 réis.

Ha aqui a capella de Nossa Senhora do Mosteiro, ou das Neves, que, segundo a tradição, foi egreja de um mosteiro de monges bentos, no tempo dos godos.
Aqui nasceu o insigne poeta clássico Braz Garcia Mascarenhas, auctor do Viriato Trágico e de outras obras.
[aqui:https://archive.org/details/viriatotragicop00mascgoog]
Na guerra de 1640 se apresentou elle na praça de Pinhel com 150 homens, das principaes famílias d'aqui e visinhanças, que se lhe reuniram voluntariamente, e n'aquella cidade fez a acclamação de D. João IV. Tinha militado nas guerras de Flandres, e foi por D. João IV feito governador da praça de
Alfaiates.
Entra na freguezia a serra do Açor.

D. Sancho I lhe deu foral em 1187.
D. Manuel lhe deu foral novo, em Lisboa, a 12 de setembro de 1514.»

[*] Aqui há erro de Pinho Leal: Refere o autor o dados que colheu! No Portugal Sacro Profano edição de 1767.

 Copiado do Portugal Sacro Profano:
«Avó, Freguezia no Bispado de Coimbra, tem por Orago N. Senhora da Assumpção, o Pároco he Vigario da apresentação do Cabido de Coimbra, rende duzentos mil reis: dista de Lisboa quarenta léguas, e de Coimbra nove, tem cento e trinta e quatro fogos.»


No censo de 1911 tinha 215 fogos, e 875 habitantes.
No censo de 1940 tinha 204 fogos, e 684 habitantes.
No censo de 1960 tinha 275 fogos, e 697 habitantes.
No censo de 1970 tinha 262 fogos, e 608 habitantes.
No censo de 1981 tinha 337 fogos, e 785 habitantes.
No censo de 1991 tinha 306 fogos, e 613 habitantes.

No censo de 2001 aparece apenas o total por freguesia: 362 fogos, e 633 habitantes.

No censo de 2011 aparece apenas o total por freguesia: 422 fogos, e 595 habitantes.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Lourosa: Oliveira do Hospital


Nártex.
Ao fundo a antiga pia baptismal.



Pia baptismal; cavada no xisto.



CCXXVI - EM
Banco cavado no xisto; antigo confessionário.
Confessionário; local onde os crentes ajoelham.
Torre sineira; isolada da igreja.
Relíquias em pedra; junto à torre sineira. Aqui se encontram as menos elaboradas; as mais elaboradas ganharam pernas, e migraram.
Entrada principal virada a poente. Algumas relíquias menos elaboradas estão aqui expostas, fazendo lembrar o local primitivo (nártex) onde se mantinha quem não podia entrar no templo; onde param as restantes, que estão expostas no livro A IGREJA DE S. PEDRO DE LOUROSA? Mania de retirarem do local primitivo os bens de uma povoação pequena, para engordarem algum museu de cidade. Mentalidade provinciana de certa elite dita de superior intelectualidade.
Sepulturas cavadas no xisto. Fomos informados; que durante a aberturas das valas para instalação do saneamento apareceram várias ossadas nas imediações da igreja.
No local onde está a igreja encontram-se mais destas sepulturas. Teria a primitiva igreja moçárabe de Lourosa sido construída sobre um cemitério bárbaro? É o que nos leva a pensar haver tantas sepulturas cavadas no xisto neste local.
Entrada para o largo do Pelourinho.
Pelourinho do antigo concelho de Lourosa.
Antigo bebedouro.
Antigo lavadouro.
Mina de água; está agora fechada, servia para alimentar o lavadouro.
Antiga represa para aprovisionamento de águas para rega. A necessitar de uma limpeza geral.
Passagem inferior para o lavadouro, mina, e represa; é um pequeno largo aprazível, mas hoje sem vida.

Curiosa construção; ainda de pé, e habitada.
No local encontram-se alguns cortes a 45 graus.
Fim da povoação "protegida" por um cruzeiro.
Devemos estar na presença de casas do século XVI.
Teria o restauro sido avaliado por pessoa creditada?

Esta chaminé serviu para muitos fumeiros de enchidos e presuntos.
Passagem inferior para o lavadouro, mina, e represa. Está esta passagem sob o solar dos Tristões.
Fachada principal do solar dos Tristões; fronteira ao pelourinho.
Temos conhecimento, que há projectos para a destruição da área envolvente à igreja. Os adjectivos a dar a esse tipo de pessoas seria enorme... Ficam no meu pensamento. Felizmente o vil-metal não chegou para se iniciarem os trabalhinhos.
Preciosa monografia sobre a igreja de São Pedro de Lourosa.
(Biblioteca do Autor)
Mais uma valiosa monografia da  DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS.
(Biblioteca do Autor)
Valioso estudo toponímico do concelho de Oliveira do Hospital *.
(Biblioteca do Autor)

A primeira vez que temos conhecimento histórico de Lourosa é no Livro Preto da Sé de Coimbra ano de 1119, março, 13. Mas, Rui Pinto de Azevedo considera este documento uma falsificação.

O documento mais antigos, que conhecemos é do ano 1120, fevereiro, 8 incluído no Livro Preto da Sé de Coimbra; documento 295.

Estranhamos (Neves 2007*) não aludir a esta falsificação, e dando como primeiro documento, que menciona  Lourosa este falso documento.

Em 1496: Lourosa tinha 70 vizinhos; scilicet fogos, que nos dará uns 280 habitantes. Pela diferença que existe com o numeramento de 1527, acreditamos que esta contagem se referia a Lourosa e seu algoz.


No Cadastro da População do Reino (1527): Lourosa tinha 40 moradores; scilicet fogos, que nos dará uns 160 habitantes.

Em 1640: A villa de Louroza he donatário dela o Bispo conde de Coimbra Joane Mendez de Tabora que poem ouvidor o coal faz as heleiçois das Justicas da comarca e conhece das appellaçois crimes, e çiveis. Esta villa dista da vila de Midois huã legua, e da cidade cabeca de correição doze leguoas.
Tem esta villa alguns cazais de termo q distão dela hum quarto de legoa e meia leguoa.
Tem esta villa com seu termo cento e sessenta vezinhos pouco mais ou menos. 

Nas informações paroquiais de 1756: Consta esta frg.ª de seiscentas e setenta pessoas de húm e outro sexo.

Nas Memórias Paroquiais de 1758:
Lourosa, tem esta villa setenta e hum vezinhos e duzentas e cincoenta e duas pessoas.
Cazal do Pombal, que tem só hum morador.
Lagar do Campo, que tem cinco moradores.
Digueifel, que pertence a este termo e freguezia que tem sete moradores e vinte e outo pessoas.
Pinheirinho, que tem vinte e sette moradores e cento e dezassette pessoas excetuando os abzentes.
Cazal do Abbade, que tem quarenta moradores e cento e quarenta e outo pessoas.
Cabeçadas, que tem vinte e dois moradores e outenta pessoas.

Comparando os dados das Memórias Paroquiais, e o censo de 1911; Lourosa parou no tempo.

No censo de 1911 tinha 74 fogos, e 251 habitantes.
No censo de 1940 tinha 96 fogos, e 211 habitantes.
No censo de 1960 tinha 129 fogos, e 205 habitantes.
No censo de 1970 tinha 61 fogos, e 161 habitantes.
No censo de 1991 tinha 121 fogos, e 199 habitantes.