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Vila Nova de Gaia, Portugal

terça-feira, 27 de setembro de 2011

VILA DE BARBA: SANTA COMBA DÃO

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Vila de Barba fica na Freguesia do Couto do Mosteiro, Concelho de Santa Comba Dão.
LATITUDE: 40.4166667 LONGITUDE: -8.1500000 ALTITUDE: 244 metros


"Com o Provincial Visigótico, datado da segunda metade do século VII, houve uma nova reorganização episcopal estabelecendo-se uma divisão das dioceses por limites. Interessa-nos a definição dos limites das dioceses de Conimbria, «Conimbria teneat de Naba usque Borga, de Torrente usque Lora», e Viseo, «Viseo teneat de Borga usque Sortam, de Bonella usque Ventosam», pois segundo a interpretação que Almeida Fernandes faz dos limites descritos, a área geográfica anteriormente definida é abrangida por estas duas dioceses, sendo que Borga é um ponto comum a ambas, tendo sido identificada pelo mesmo na actual Vila de Barba, na freguesia do Couto do Mosteiro, concelho de Santa Comba Dão (Fernandes, 1997, p. 121)."

Até provas em contrário não é em Vila de Barba a Borga da divisão efectuada por Wamba; não foram encontrados qualquer vestígios de uma civilização antiga.
Encontramos vestígios no lugar do Mosteiro o que indicia ser neste local a Borga que nos fala Almeida Fernandes.



No Numeramento Joanino consta de 11 moradores: scilicet, fogos. Que nos dará uns 40 residentes.

Em 1911 tinha 63 fogos, e 213 residentes.
Em 1940 tinha 78 fogos, e 276 residentes.
Em 1960 tinha 94 fogos, e 348 residentes.
Em 1970 tinha 85 fogos, e 259 residentes.
Em 1991 tinha 96 fogos, e 203 residentes.


Vem referenciada no Dicionário Corográfico de 1906.


Em meados dos anos sessenta do século XX existia em funcionamento:
Uma destilaria de aguardente vínica propriedade do Senhor José Varela Dias.
Era ferreiro o Senhor António dos Santos.
Havia uma fábrica de manilhas de cimento propriedade do Senhor Telmo Gomes.
Uma mercearia propriedade do Senhor António Ferreira Dias.
Motores e bombas para rega propriedade do Senhor Telmo Gomes.
Havia uma sapataria propriedade do Senhor António Cardoso.
Uma serralharia propriedade do Senhor Telmo Gomes.
Era vinicultor o Senhor José Varela Dias; e a viúva de Mário F. Viegas.

Vila de Barba foi para nós uma grande desilusão: está praticamente toda descaracterizada, com excepção de uma casa brasonada que não fotografamos, pois está dentro de uma propriedade privada. Poucos são os motivos antigos que restam intactos ou em ruínas.
Para aumentar a nossa desilusão está a casa do Doutor César Anjo, na rua com o mesmo nome: Uma vergonha para quem autorizou a adulteração da casa tradicional e para quem deixou chegar a casa a este estado ruinoso. Até uns caixotes servem para aumentar a vergonha. Valha-nos os dois painéis de azulejos que ainda se mantém de pé.
Foi-nos vedada a inclusão de fotografias por "alguém" que pretenderá manter escondida esta vergonha aos olhos do mundo.
Fotos podem não autorizar a sua publicação, mas a nossa denúncia está aqui e, esta, nada nem ninguém a pode impedir. Não pactuamos com atentados ao património.




Na toponímia:  Lavegada, que indicia o desbravamento de árvores e matos para o cultivo da terra.
Conhecida como a pedra da Moira, esta situada na Lavegada.
Lage transformada em eira e respectiva casa, situada na Lavegada.
Noutros tempos, este local cobria-se de milho.
Outra panorâmica das lages ou eiras.

Hoje as lages estão cobertas de musgo.
Telha da fábrica: Santa Comba Dão Pinheiro D`Azere / Ceramica do Dão, Limitada
Casa da eira.
Lá bem no alto, esta isolada.






Parte ainda visível da antiga estrada romana.
Esta estrada romana vinha de Coimbra:
Passava por Eiras, Botão, Monte Redondo, Alagoa, Carvalho, Cercosa (onde cruza com a via Anadia-Bobadela), Marmeleira, Cortegaça até Vale de Açores, Mortágua, Tourigo e Guardão, ponte do rio Criz, Couto do Mosteiro, S. Joaninho,Tondela, Viseu.



Mais um pormenor da estrada romana: note-se que predomina o mármore rosa.


A quase totalidade da estrada romana ainda visível.


Aqui a calçada  foi coberta com alcatrão!? Para servir quem?



Esta casa caiu em ruínas por aluimento, devido ao facto de por baixo passar uma mina de água - informação recolhida no local.


Parte lateral traseira da casa acima mostrada.


Mesmo telhado da casa em ruínas: esta parte do telhado é mais antiga, apresenta a telha canudo.


Ainda não tinha visto este tipo de telha (lado esquerdo)parecida com as tégulas romanas. Pelas características é de fabrico industrial.



Casas adulteradas: nesta aldeia também se usou a parede em tabique no andar superior.
Julgamos ser um acrescento posterior à casa em pedra. Não podemos afirmar que a construção seja em duas fazes, mas tudo nos leva a pensar que sim.


Casa de Eira.


Uma velha casa: rara nesta aldeia.


Outra perspectiva da velha casa. Onde está a "janela" foi outrora a porta de entrada, sendo suprimidas as escadas, passou para a lateral, posteriormente aberta.


Casa com adulterações, note-se a inclusão de janelas em madeira.


Ruínas: note-se o "fogão" em pedra lavrada.


Ermida com adulterações.


Mais um tipo de dobradiça, esta, nesta aldeia. Devemos relembrar que Vila de Barba é um lugar da freguesia do Couto do Mosteiro, por isto, é uma aldeia, como o é Casal de Maria.


Uma dobradiça: Com estas dobradiças ( há de vários tipos) se seguravam as portas, assegurando que se poderiam abrir e fechar.


Mais uma dobradiça de outro modelo.


Outro modelo de dobradiça.


Quadro de electricidade em baquelite e fusíveis em porcelana.
Só a nível de casas em tabique é que encontramos ligação eléctrica. Ainda não encontramos uma construção em pedra com ligação eléctrica.
Ou as casas foram abandonadas antes da ligação eléctrica ou era um luxo a que poucos tinham acesso.


Alminhas


Fontanário.


Potes de ferro: eram no passado usados para a cozedura de alimentos nas lareiras.
Agora servem de floreira.


Em 21 de Agosto de 1878,  Joaquim Ferreira Maio; Idade 40; Profissão, Proprietário;  Casado; Residente no Lugar de Vila de Barba; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com  destino ao Império do Brasil.


Em 19 de Julho de 1884, António Francisco; Filho de Ana Maria de Matos; Idade 18; Profissão, Trabalhador;  Solteiro; Residente no Lugar de Vila de Barba; Freguesia do Couto do Mosteiro; Concelho de Santa Comba Dão. Requereu passaporte com destino ao Rio Zaire.


3 comentários:

  1. Boa noite o senhor é de Vila de Barba?

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  2. Boa noite
    Não sou de Vila de Barba, sou do Porto.

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  3. Boa noite, meus avós viveram nesta região e eu tenho um vínculo afetivo com ela.Gosto de ler e imaginar meus antepassados trabalhando, lutamdl por sua sobrevivência nestas sldeald.Meu avo foi Joaquim António Nunes e minha avó Maria da Conceição Ferraz de Figueiredo. Eles vieram para o Brasil com um filho e aqui tiveram meu pai e minhas tias. Você poderia me ajudar a ter alguma informação sobre ele? Algum parente distante.Obrigada.

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